Moradores reclamam que precisam contornar área para chegar à praia, o que aumenta o trajeto
<p class="pp">Recentemente, a prefeitura de Tramandaí precisou cercar uma área com madeira para evitar que veranistas transitem por cima das dunas de areia próximas à Avenida da Igreja. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a área está em processo de recuperação ambiental, e deve permanecer fechada, sem tráfego de pedestres, para que haja a reconformação das dunas no local.</p>
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<span class="legenda-foto">Cerca de proteção tinha um buraco, por onde os pedestres passavam, que foi fechado pela Prefeitura</span>
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Foto: Laura Rolim/GES-Especial
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<p class="pp">No entanto, moradores reclamam de precisar contornar a área para chegar até a praia, e, por isso, chegaram a instalar uma passagem de paletes sobre as dunas para facilitar o acesso de pedestres, sem que precisassem andar 250 metros a mais. Por ser uma área de preservação ambiental, a prefeitura fez a retirada do acesso, o que causou insatisfação por parte da população.</p>
<p class="pp">A reclamação do morador Gustavo Rabelo e outros moradores é que a retirada dos paletes acaba com a acessibilidade de pessoas idosas e com dificuldades de locomoção para chegar à praia. No caso da moradora de Porto Alegre Nara Rosane Feijó, 59 anos, que caminha com o auxílio de andador, o trajeto até a praia leva cerca de 35 minutos se não passar pelas dunas, já que precisar contornar os 250 metros para chegar no ponto em que a irmã Maria Cristina, 62, e a mãe Valni Feijó, 81, gostam de passar a temporada de praia.</p>
<p class="pp">As três veraneiam em Tramandaí há mais de 20 anos, e contam que têm preferência por ficar perto do Quiosque Inova. “A gente está acostumado com eles aqui. Gostamos dessa área”, afirma Maria. “É sempre essa luta por conta da acessibilidade na praia. Fica difícil de não ter o acesso, por isso às vezes a gente até pensa em não vir”, relata a irmã.</p>
<h3>Prefeitura afirma que dunas são importantes para proteger zona urbana</h3>
<p class="pp">A Secretária de Meio Ambiente, Minuche Marchini, explica que o local corresponde a uma área de preservação permanente. Além disso, o município atende uma ação civil pública instaurada depois que dois restaurantes que haviam no local foram demolidos por estarem em local de preservação ambiental. “O município foi obrigado a fazer a recomposição da duna que existia primeiramente no local. O cercado de proteção está ali, justamente para evitar que as pessoas caminhem sobre a duna”, ressalta.</p>
<p class="pp">Minuche esclarece que as dunas são uma forma de proteção para o ambiente costeiro, justamente por limitar a vinda da água em direção a zona urbana. “É como se elas fossem um paredão de proteção”, afirma. Ela ressalta, ainda, que a passagem de pedestres por cima das dunas afeta a vegetação de fixação que existe no local. “Sem a vegetação de fixação, acontece que as dunas acabam se movimentando com a ação dos ventos, e acabam indo para cima do calçadão ou do asfalto. O que atrapalha a vida de quem transita por esses espaços”, salienta Minuche.</p>
<h3>Passarela e mirante serão instalados no local</h3>
<p class="pp">A Secretaria afirma que a construção de uma passarela e um mirante está em fase de captação de recursos. A estimativa é que até o próximo verão o local já esteja adaptado para acesso a pedestres. “O que a gente pede é um pouquinho de colaboração. A gente sabe que as pessoas querem encurtar o caminho, mas isso traz um malefício para o ambiente que está se regenerando. A gente pede que o pessoal faça o contorno no cercado, respeite o cercado, e aguarde, pois tão breve teremos uma passarela para facilitar o acesso a beira da praia”, garante Minuche.</p>
<p class="pp"><em>*Colaborou Dário Gonçalves</em></p></p>